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Maternidade e Trabalho: Como conviver com a Culpa

Sebrae Roraima participa de evento alusivo ao dia das mães com colaboradoras da Seplan
Por Sebrae/RR
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Ainda em alusão ao dia das mães, a Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) convidou mães e analistas do Sebrae para um bate papo sobre maternidade. Com o tema “Maternidade e Trabalho: Como conviver com a Culpa”, as colaboradoras Fabiana Melo, Bibiana Uchôa e Bill Ataíde compartilharam suas experiências maternais, com dicas e abordando temáticas que trouxessem a reflexão e da necessidade do autocuidado, da rede de apoio e da preservação da paciência no dia a dia.

A abertura da ação foi feita pelo Secretário de Estado da Seplan, Rafael Fraia e Fábio Martinez, Secretário Adjunto:

Nós estamos aqui hoje exatamente para fazer com que as mães levem essa jornada de forma mais tranquila e efetiva, tanto no lado familiar quanto no profissional, porque uma mãe nunca deve deixar seu lado familiar de lado mas também nunca deve deixar seu lado profissional (…) Com toda a minha história de superação com a deficiência eu só pude chegar onde cheguei porque tive uma mãe presente, que batalhou por mim, me colocou para cima e que não desistiu de mim na primeira dificuldade. contou Rafael Fraia.

Rafael Fraia, secretário de Estado da Seplan

Mãe de uma menina de quatro anos, empreendedora no ramo de jardinagem e chefe de gabinete do Sebrae/RR, Fabiana Melo compartilhou as dificuldades em conciliar trabalho e maternidade:

“Trabalho no Sebrae há oito anos, é semanalmente e aos finais de semana apenas quando temos evento e lido com a culpa diariamente, hoje por exemplo por ter que sair mais cedo de casa eu não levei a minha filha para escola e ela chorou e me questionou do porquê não iria (…) Lá dentro vem a culpa, a gente tem que lidar com ela de forma leve mas nem todas as mães têm esse discernimento porque nem todas têm uma rede de apoio. Eu empreendo há cinco anos, faço meus atendimentos principalmente aos finais de semana de forma online, mas para poder ter um tempo de qualidade com a minha filha, muitas vezes eu nem consigo atender as minhas clientes.”

Fabiana Melo, chefe de gabinete do Sebrae/RR

Já Bill Ataíde, analista da Unidade de Gestão de Pessoas do Sebrae/RR explicou a importância de uma rede de apoio para mães solo:

“É muito importante compartilhar as nossas histórias de vida para que a gente possa ajudar outras mães (…) Eu me casei, tive três filhos e houve a necessidade de me separar, com a separação vem toda aquela culpa e responsabilidade. Minha filha mais nova tem hoje 33 anos, e antigamente não havia essa visão que hoje a sociedade tem de que as mães precisam trabalhar e assumir seu financeiro, essa foi a minha maior dificuldade porque eu me cobrei muito, por isso a importância de uma rede de apoio, porque muitas mães passam por isso, precisam trabalhar e não tem alguém com quem contar.”

Bill Ataíde, analista da Unidade de Gestão de Pessoas do Sebrae/RR

Bibiana Uchôa, mãe atípica de um menino diagnosticado com TEA, empreendedora no ramo de consultoria em imagem pessoal e analista da Unidade de Marketing e Comunicação do Sebrae/RR, contou um pouco sobre como é conciliar o trabalho e as necessidades maternais:

“É um prazer falar de assuntos que nos rodeiam, meu filho tem cinco anos, é autista e foi diagnosticado aos dois anos e meio, e desde então, eu batalho para que ele receba toda a assistência que precisa para conseguir seu desenvolvimento e ser independente no futuro. As mães atípicas descobrem uma força que não sabiam que tinham, até terem que passar pelas dificuldades que encaramos diariamente. Tudo que está ao meu alcance eu proporciono ao meu filho.” Compartilhou a analista de comunicação.

Bibiana Uchôa, analista de marketing e comunicação do Sebrae/RR

A assistente do gabinete da Seplan e mãe de uma menina de quatro anos, Jaisa Lima, contou sobre como se identificou com os assuntos abordados na conversa:

Essa conversa foi fundamental, me identifiquei bastante. Eu achava que por ser mãe solo não estava fazendo muito pela minha filha, e tinha culpa excessiva mesmo trabalhando apenas pela manhã, apesar de ter somente a tarde livre para ela porque estudo a noite, eu me sentia culpada de certa forma, porque eu não tenho uma rede de apoio. Mas depois de ouvir as experiências das palestrantes e me identificar, acho que a culpa saiu de mim uns setenta por cento, acredito que a palestra foi importante não só para mim como para todas as mães que estavam presentes.

Jaisa Lima, assistente do gabinete da Seplan

A ação contou com a presença de mais de 40 mães, sorteio de premiações e um café da manhã para encerramento.