
Proporcionar a vivência da floresta amazônica para dentro da realidade virtual foi a proposta da oficina “Sentindo a natureza por meio da Realidade Virtual Imersiva”, idealizada pelo aluno formando do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Ramsés Carvalho, no primeiro dia de Amazontech 2025.
O projeto tem como objetivo explorar os símbolos e elementos da floresta, adaptados para o ambiente digital, proporcionando uma experiência imersiva e interativa aos participantes.
A ideia surgiu no curso de Ciência da Computação da instituição e faz parte da pesquisa acadêmica dos alunos. Ramsés, idealizador, além de João Rangel e Paulo Belmont, auxiliares do projeto e pesquisadores na área de realidade virtual.
Segundo Belmont, a oficina é um espaço para observar como as pessoas reagem aos ambientes desenvolvidos, etapa essencial para o aprimoramento da ferramenta tecnológica.
Na computação realizamos muitos testes, mas o fator humano é sempre determinante. A oficina nos permite observar como cada pessoa sente esse ambiente virtual e, a partir daí, pensar em melhorias e novas aplicações.Explicou.
Com apoio de equipamentos adquiridos por meio de recursos do Governo Federal para o Centro de Capacitação Tecnológica, o projeto busca demonstrar como a pesquisa local pode se conectar às novas fronteiras digitais. Ele acrescenta ainda que participar do Amazontech é uma oportunidade de aproximar a tecnologia do público e abrir caminhos para aplicações futuras.
O Amazontech nos oferece a chance de mostrar o que a realidade virtual pode proporcionar e, ao mesmo tempo, coletar informações que serão importantes para projetos maiores no futuro.Afirmou.
A oficina aconteceu na sala 330 do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT), e chamou a atenção de gestores e alunos que participaram da atividade, além do público em geral interessados em experimentar a mistura entre a ciência, inovação e a experiência de imersão no verde da floresta amazônica.
O secretário municipal de Juventude de São Luiz do Anauá, Roberto da Rocha, imergiu na oficina e afirmou que levará a experiência para os jovens do interior, que muitas vezes não têm oportunidade.
“Foi uma experiência única. Nunca tinha participado de algo assim e me senti realmente dentro da Amazônia. Essa tecnologia pode transformar a vida dos jovens que muitas vezes não têm oportunidade de acesso. Vamos levar essa ideia para o nosso município e buscar projetos para que eles também vivenciem isso”, afirmou.
Para os alunos do curso técnico de agropecuária integrado ao ensino médio do Instituto Federal de Roraima (IFRR), a oficina também despertou ideias e trouxe uma experiência com inspiração para futuro. A aluna do Campus Amajari, Manoela Delucas, de 18 anos, ficou animada com a proposta inovadora da oficina.
Foi incrível estar em uma sala de aula e, ao mesmo tempo, dentro da floresta. Vimos rios, pássaros, a mata amazônica. O Amazontech proporciona inclusão e nos ajuda a compartilhar saberes, especialmente no agro, que é a área do meu curso.Comentou.
Os alunos concluintes, relataram ainda, que o projeto demonstra o potencial da pesquisa acadêmica em parceria com a população, além de contribuir para novas soluções com inovação. Dessa forma, o Amazontech se faz ponte que conecta a ciência, inovação e a experiência prática.
O Amazontech 2025 é uma realização do Sebrae Nacional, Sebraes da Amazônia Legal, Sebrae Roraima, Fundação de Amparo à Pesquisa de Roraima (Faperr), Embrapa e Universidade Federal de Roraima (UFRR). O evento conta com o patrocínio do Governo de Roraima, Eneva, Caixa Econômica, Finep – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, ZEG, Neria, Sistema CNA/Faerr/Senar, Prefeitura de Boa Vista, além do apoio da GAO Tech, Trashin, Treeback, Embrapii, Caer e Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
