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Hub leva inovação ao agro na Expoferr 2025 com visitas virtuais e diagnósticos em minutos

Realidade virtual, tecnologia para mastite e pesagem digital mostram como inovação está mudando o agro da Amazônia
Por Sebrae/RR
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A tecnologia ganhou destaque na Expoferr 2025 e se tornou uma das principais atrações do pavilhão Juntos pelo Agro. O Hub de Inovação reúne instituições, pesquisadores e startups que apresentam soluções criadas para facilitar o trabalho no campo, melhorar a produção e levar conhecimento até áreas remotas da Amazônia.

Produtores e visitantes testam óculos de realidade virtual, conhecem ferramentas que identificam doenças em vacas leiteiras antes da ordenha e veem tecnologias que pesam o gado apenas por imagem 3D, sem necessidade de currais ou contato direto com os animais.

Inovação a serviço do campo

O responsável pelo Hub, o gerente da unidade de inovação do Sebrae/RR, Lucas Wolkartte, explicou que o espaço foi criado para aproximar o produtor da tecnologia e mostrar que inovação faz parte do agro.

“Na inovação ninguém faz nada sozinho. Temos instituições como o Senai, o IEL, a Faperr, o Sesi e o Sebrae, cada uma ajudando o empresário em uma etapa da jornada” disse.

Para ele, o Hub serve para mostrar na prática que modernização e campo caminham juntos.

Estamos aqui para mostrar que a inovação está para o agronegócio. Ela ajuda no manejo, na produção e traz mais facilidade para o dia a dia do produtor.Contou.

Lucas Wolkartte, responsável pelo Hub e gerente da unidade de inovação do Sebrae/RR

O espaço reúne iniciativas em três eixos: ciência, tecnologia e inovação, com projetos estudantis, impressão 3D, inteligência artificial e soluções práticas para a pecuária e a agricultura.

Visita a uma fábrica na Amazônia por realidade virtual

Uma das experiências mais procuradas é a visita virtual criada pela startup Amazônia 4.0. O público utiliza óculos 3D para conhecer uma biofábrica de chocolate instalada em uma comunidade ribeirinha do Amazonas.

“Criamos fábricas de alta qualidade em locais remotos, com energia solar, água reciclada e esgoto tratado. Assim, comunidades que antes só coletavam cacau passam a produzir chocolate com valor agregado.” explicou Guilherme João Soares, da Amazônia 4.0.

A experiência permite visualizar salas de produção, áreas de ensino e espaços de pesquisa.

“Com isso, eles conseguem produzir e vender o próprio chocolate, levando renda e qualificação para a comunidade. A visita virtual mostra exatamente como isso funciona.” disse.

Tecnologia contra mastite em vacas leiteiras

A startup Vaca Roxa, de Santa Catarina, apresentou um equipamento portátil capaz de detectar mastite, uma das principais doenças do gado leiteiro, em apenas 40 segundos.

“O produtor coleta uma pequena amostra de leite antes da ordenha e o equipamento mostra o grau da infecção na hora.” explicou o CEO, Roberto Valicheski.

Ele destacou que o diagnóstico rápido evita perdas e reduz o sofrimento do animal.

No estágio inicial a mastite não é visível, e o exame tradicional pode demorar até 15 dias. Com o equipamento, o produtor age no momento certo e evita prejuízos.Disse.

Roberto Valicheski, CEO da startup Vaca Roxa

Pesagem do rebanho por inteligência artificial

Outra tecnologia apresentada é a pesagem digital do gado, que utiliza câmeras 3D e inteligência artificial para estimar o peso dos animais.

“Com a câmera, criamos uma imagem 3D e a inteligência artificial calcula o peso. É rápido, preciso e sem estresse para o rebanho.” afirmou Lucas.

Impressão 3D no agro

O Senai mostrou impressoras 3D capazes de produzir peças para máquinas agrícolas. Em vez de esperar dias pela reposição, o produtor pode ter a solução feita localmente, reduzindo custos e tempo de parada.

Inovação acessível

Para Lucas, o objetivo do Hub é quebrar a ideia de que tecnologia é distante do campo.

A inovação não é só para grandes empresas. Ela está no dia a dia do produtor, seja na ordenha, no manejo do gado ou dentro da floresta com produção de chocolate.Disse.

Segundo ele, o espaço ajuda o produtor a enxergar novas possibilidades para o negócio.

“Queremos que ele teste, experimente e veja que a tecnologia está aqui para ajudar.” concluiu.