
A bioeconomia, aliada à inovação e à preservação ambiental, é o eixo central da programação do evento “Empreendedorismo Verde: ser sustentável também dá lucro”, que teve início nesta quarta-feira (4) e segue até a quinta, no Sebrae Airton Dias. A iniciativa integra a programação do Amazontech 2025 e conta com uma série de atividades voltadas para empreendedores e profissionais que desejam investir em modelos de negócios sustentáveis. Um dos destaques do primeiro dia foi a palestra “Crédito Verde: financiando um futuro sustentável”, com o parceiro Banco da Amazônia.
A coordenadora da programação e analista do Sebrae Roraima, Glicéria Lopes, destacou a importância do trabalho conjunto com instituições financeiras.
Trazer o Banco da Amazônia como parceiro é fundamental porque muitos empreendedores ainda não conhecem as ferramentas de acesso a crédito que estão ao alcance deles. Nossa missão é mostrar que é possível inovar, crescer e ainda contribuir com o meio ambiente. O crédito verde é uma realidade acessível e transformadora, afirmou.
O gerente-geral do Banco da Amazônia e palestrante da noite, Luiz Otávio, explica a atuação do banco no incentivo e financiamento de empreendimentos com iniciativas sustentáveis. Ele destaca o compromisso da instituição em garantir que os credores se adequem aos padrões necessários para obter recursos.
O Banco da Amazônia trabalha em linhas sustentáveis, tanto na agricultura quanto no comércio, indústria e serviços. São projetos que, para serem aprovados, precisam atender a critérios ambientais rigorosos. Verificamos, por exemplo, se há embargos ambientais ou outros passivos, para garantir que estamos financiando iniciativas que realmente mantêm a floresta em pé, explicou.

Ele acrescentou que o banco tem financiado projetos diversos no estado, desde agricultura de base ecológica e piscicultura até usinas que geram energia a partir do dendê ou do gás natural, sem necessidade de desmatamento.
O gerente também destacou o foco da instituição para o ano de 2025: atender mini e pequenos produtores e empreendedores.
Temos linhas voltadas para MEI, micro e pequenas empresas, e até para quem ainda não é formalizado, por meio do programa Base Acredita. Nosso objetivo é fomentar negócios sustentáveis que movimentam a economia e respeitam o meio ambiente, reforçou.
A empresária contábil Rosângela Rodrigues Ribeiro, participante do evento, compartilhou sua experiência e o interesse crescente na conexão entre sustentabilidade e inovação.
Sou empreendedora desde os 15 anos. Embora minha formação seja em contabilidade, estou me dedicando à agroecologia e à contabilidade rural, pois quero ser uma ponte entre o produtor e as exigências técnicas e burocráticas. Esse tipo de evento amplia a nossa visão sobre o potencial econômico da sustentabilidade, relatou.

A programação do evento inclui ainda oficinas, painéis, rodadas de conversa e exposições de iniciativas que já atuam com modelos sustentáveis. O objetivo é fomentar um ecossistema empreendedor alinhado com os desafios ambientais da Amazônia, valorizando o conhecimento local e os potenciais da biodiversidade.