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Diversidade no empreendedorismo e seus desafios

Empreendedores apontam a necessidade de abrir esse debate e encontrar soluções para as dificuldades enfrentadas por públicos marginalizados.
Por Sebrae/RR
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Empreendedores apontam a necessidade de abrir esse debate e encontrar soluções para as dificuldades enfrentadas por públicos marginalizados.

O Sebrae/RR levou para dentro da Feira de Negócios – Roraishop, realizada neste sábado (9), uma discussão sobre a Diversidade Empreendedora e seus Desafios, uma vez que o público do evento é, em sua maioria, feminino, da comunidade LGBTQIAPN+ e grupos de artesãos indígenas.

Na roda reuniram-se mulheres destes espaços para expor suas trajetórias empreendedoras e dificuldades enfrentadas no processo. O gestor de projetos de inovação do Sebrae/RR, Luã Andrade guiou o bate-papo. “Temos esse trabalho de dar voz a grupos historicamente marginalizados. É uma temática que o Sebrae vem trazendo, criando a imagem do seu leque de atuações com diversidade.”

Yara Caetano, Proprietária das Óticas Caetano.

A proprietária das Óticas Caetano, Yara Caetano, ao olhar para a diversidade, inovou em sua loja, oferecendo oportunidades a este público e valorizando as características individuais que agregam ao negócio, como a criatividade. Isso ajudou-a a se conectar com o seu público e falar a linguagem que buscava para o empreendimento.

“Encontrei pessoas que queriam levantar essa bandeira comigo e foi a forma que eu vi também de crescer. O Sebrae como uma instituição renomada, faz com que as pessoas que têm a mente um pouco mais fechada se abram e dêem a oportunidade. Essa roda de conversa, por exemplo, oportunizou várias histórias serem escutadas” pontuou Yara.

Luiná Bouk, cabelereira.

Quem também contribui com a discussão foi a cabelereira, Luiná Bouk. Aos 27 anos, ela focou o atendimento em um público muitas vezes ignorado pela sociedade: LGBTQIAPN+, mulheres com cabelos cacheados/crespos e ondulados focadas em utilizar o natural, além de crianças e pessoas atípicas.

“Falar das dificuldades é dar visibilidade, abrir a mente das pessoas para essa conversa. Essa temática se refere a minha própria trajetória, como uma pessoa atípica dentro do empreendedorismo, já que sou mulher, LGBTQIAPN+, além de ser fora dos padrões imposto socialmente. Isso traz uma nova perspectiva de que é possível sim galgar um espaço em que você consiga ter visibilidade, que consiga ter sucesso dentro do que constrói para si mesmo” salientou Bouk

Um dos maiores ensinamentos repassados pela discussão levantada foi que, independentemente de qualquer coisa, a maior a lição é que quem empreende tem que ter coragem e não desistir, ser fiel ao que se acredita e lutar pelo seu espaço.

“Todos esses grupos sub-representados tem uma dificuldade a mais para empreender, então trazer esse conteúdo e informação, traz discussões que sejam efetivas e as pessoas passam a se enxergar nesse processo. E aí, quem sabe, tirar daqui algumas propostas ou saídas ou até mesmo parcerias entre eles que possam gerar negócios de forma mais fácil” finalizou a gerente da UCOMPE (Unidade de Competividade Empresarial), Eliene Araújo.