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A história de Walisson Rodrigues, fundador da Tribus Barbearia, é um retrato vivo de como disciplina, humildade e disposição para aprender podem transformar a vida de um empreendedor. Hoje, dono de três unidades em Boa Vista e prestes a inaugurar a quarta, o roraimense construiu sua jornada de forma dedicada.

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Walisson cresceu em uma família marcada pelo comércio. Desde cedo, observou pais, tios e primos empreendendo em diferentes áreas. Aos poucos, ele também começou a criar seus próprios caminhos. “Acho que meu primeiro empreendedorismo foi vendendo din-din e picolé na rua. Eu queria ter meu próprio dinheiro, comprar minhas coisas”. Na pré-adolescência, já trabalhava em feiras. Aos 15 anos, ingressou na loja do tio, onde fortaleceu ainda mais seu espírito comercial.

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Foram quase oito anos na empresa da família. Apesar de gostar do ramo, algo o inquietava: a vontade de ter um negócio próprio, mesmo sem saber exatamente qual. Em 2017, durante uma viagem ao Paraná, reencontrou um amigo de infância que havia se tornado barbeiro e proprietário de uma barbearia. A visita ao espaço despertou algo novo. “Achei interessante. Pensei: se ele conseguiu montar uma lá, talvez eu também consiga.”

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Ao voltar para Boa Vista, o medo o impediu de dar o primeiro passo. Ele chegou a permanecer um ano no Paraná sem fazer o curso que desejava. De volta à capital roraimense, abriu com um amigo uma hamburgueria, negócio que durou apenas seis meses. O encerramento trouxe frustração e uma lição definitiva sobre gestão.

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“Eu só fui identificar nossos erros depois que fechamos. Entrar em algo que eu não sabia foi um erro. Decidi que, antes de abrir qualquer coisa, eu precisava aprender”.

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Walisson procurou um curso de barbearia. Enquanto se qualificava, pediu para trabalhar de graça na barbearia que frequentava como cliente. “Eu disse: quero aprender antes de abrir algo. Não posso errar de novo.” Trabalhou por cerca de um mês sem remuneração, depois foi contratado. Entregou-se por completo à profissão. Em 11 meses, alcançou o nível de confiança e preparo que buscava e abriu sua própria barbearia.

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A primeira unidade da Tribus Barbearia nasceu com apenas três cadeiras. A gestão rigorosa foi prioridade desde o início. Funcionou. Em um ano, a barbearia cresceu o suficiente para ser ampliada para sete cadeiras. No ano seguinte, ele abriu a segunda unidade, no Cidade Satélite. Depois, a terceira. Hoje, a Tribus soma três pontos em funcionamento, 12 colaboradores e cadeiras disponíveis para novos profissionais.

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Para Walisson, mais do que técnica, o que diferencia um profissional no ramo é a atitude. Ele faz questão de ensinar isso diariamente à equipe. “Eu sempre digo: trabalhe como se a barbearia fosse sua. Se tem um lixo cheio, não espera alguém mandar. Não deixe o copo na bancada. Faça pelos outros o que você faria por você.”

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No atendimento, a filosofia é a mesma. Ele rejeita a ideia de empresários que perdem a humildade com o crescimento. “Eu dou atenção pra todo mundo. Converso, escuto. Se eu puder ensinar algo, eu ensino. Quero fazer pelos outros o que fizeram por mim”.

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