ASN RR Atualização
Compartilhe

31° Edição da Feira de Ciências de Roraima conta o apoio do Sebrae/RR no fomento à inovação e empreendedorismo

Evento acontece nos dias 21 e 22 de novembro, no Parque Anauá
Por Sebrae/RR
ASN RR Atualização
Compartilhe

Na manhã de hoje (21), aconteceu a abertura oficial da 31° edição da Feira de Ciências de Roraima – Fecirr. Promovida pelo Centro Estadual de Formação dos Profissionais da Educação de Roraima (Ceforr) e Secretaria de Educação do Estado, o evento conta com o apoio do Sebrae Roraima no incentivo e fomento da educação empreendedora.

A iniciativa, que impulsiona educação e inovação no estado, acontece no Parque Anauá e reúne cerca de 1.200 estudantes e professores orientandos de escolas estaduais. Com tema central “Biomas do Brasil”, 241 projetos foram desenvolvidos durante o ano e serão apresentados nos dois dias da Fecirr.

Em seu discurso de abertura, o governador do estado, Antonio Denarium, falou sobre como o governo vem atuando no desenvolvimento educacional de Roraima e destacou uma das novidades da edição:

Trabalhamos com inovação e aplicação correta do dinheiro público, é dessa forma que estamos valorizando a educação no estado. O governo vai disponibilizar passagens para àqueles projetos que forem classificados e muitos daqui do nosso estado de Roraima estarão por todo Brasil apresentando seus trabalhos. Declarou o governador.

Antonio Denarium, governador do estado

O coordenador do programa Educação Empreendedora do Sebrae/RR, Tálison Silva expressou a satisfação em apoiar o evento que fomenta a educação no estado:

Mais uma vez o Sebrae apoiando a Feira de Ciências Estadual que acontece anualmente, uma parceria com Ceforr e Secretaria de Educação do Estado. É sempre um prazer poder fomentar o comportamento empreendedor através das práticas pedagógicas dos projetos que as crianças têm desempenhado e desenvolvido ao longo do ano. O Sebrae atua apoiando o desenvolvimento dos alunos, incentivando o crescimento e conhecimento. A feira está ligada totalmente às nossas missões, competências empreendedoras, comportamento de desenvolvimento empreendedor, estamos mais uma vez trabalhando em prol do mercado, em prol do aluno, do profissional de educação, em prol da sociedade no fortalecimento empreendedor.

A esquerda, Tálison Silva, e equipe Sebrae/RR

Destacando o trabalho dos professores com os alunos, Stela Damas, diretora do Centro Estadual de Formação dos Profissionais da Educação do Estado, instituição que promove as feiras de ciências de Roraima, falou sobre a oportunidade que o evento traz de visualizar resultados positivos na educação:

Nós estamos na 31ª edição da Feira de Ciências e é um momento muito importante para a Secretaria de Estado da Educação, porque aqui nós conseguimos dar visibilidade e apoiar todos os professores que produzem um material diferenciado com os seus alunos. Aqui cada professor traz alunos orientados por ele com temas muito diversos. Esses temas todos trazem muita inovação, trazem novas tecnologias para a educação e para todas as outras temáticas nacionais e internacionais. A Feira de Ciências tem uma importância muito grande, porque além de valorizar o trabalho do professor e a pesquisa dos estudantes, ele também traz visibilidade para a sociedade e dá uma satisfação daquilo que é feito na educação. Destacou a diretora.

Stela Damas, diretora do Centro Estadual de Formação dos Profissionais da Educação do Estado

Já Mikael Cury, secretário de educação do estado, ressaltou a importância do investimento na Feira de Ciências:

A importância da Feira no Estado de Roraima é muito grande, além de incentivarmos nossos alunos com essa experiência e desenvolver a parte pedagógica da melhor forma possível, nós criamos novos laços e novas estruturas.

Na oportunidade, o secretário destacou o grande diferencial desta 31ª edição:

Esse ano nós não separamos as categorias, mas unificamos as Feiras indígena e não indígena, sendo assim temos todas as categorias aqui, tanto indígena como não indígena, do interior e também de vicinal. Fortalecemos a feira esse ano justamente para promover novas experiências em que os alunos consigam se relacionar com outras realidades e outras expectativas. Outra inovação que trouxemos esse ano é levar os nossos alunos para as Feiras Nacionais, então os melhores trabalhos que se destacarem aqui vão estar representando Roraima em outros estados, nas suas feiras também.

Mikael Cury, secretário de educação do estado

Participando da 31ª edição da Feira de Ciências de Roraima, a Escola Estadual Professora Diva Alves de Lima, localizada no bairro São Francisco, zona Norte do estado, foi representada por trabalhos que variavam de “sabores do lavrado de Roraima” a “propriedades do mel”.

O estudante do 8° ano do ensino fundamental 2, Rodrigo Gabriel, apresentou o trabalho sobre frutos do lavrado de Roraima, desenvolvido juntamente com os colegas de turma e a professora orientadora ao longo do ano letivo:

Nosso tema geral é sobre sabores de Roraima do lavrado para mesa. Desejamos apresentar, divulgar e investigar os valores nutricionais, farmacológicos e culinários de alimentos feitos à base de frutos nativos ou então introduzidos no bioma de Roraima, além disso desejamos fortalecer o consumo consciente desses frutos e fortalecer a conexão cultural das pessoas com nosso estado, fazendo com que mais pessoas conheçam o nome desses frutos. Apresentamos opções variadas de alimentos que possam ser utilizados como meios de substituição de alimentos industrializados que, querendo ou não, consumimos corriqueiramente no nosso dia a dia.

Questionado sobre o diferencial do trabalho, Rodrigo destacou a importância que o tema traz sobre o consumo sustentável de alimentos mais saudáveis:

O diferencial de nosso trabalho é justamente levar o nome desses frutos tão ricos e pouco conhecidos atualmente no nosso estado e até mesmo fora dele para que mais pessoas possam conhecê-los e saber o quão rico é o estado de Roraima, e focando mais no ecossistema do lavrado, que é o que queremos enfatizar no nosso trabalho, que mais pessoas possam sanar suas dúvidas sobre esses frutos dentre os frutos do norte no geral, e desejamos que mais pessoas utilizem eles como formas de produção de alimentos mais saudáveis, fáceis e, claro, sustentáveis, obviamente, focando na sustentabilidade, que é algo que eu acredito que tem que crescer mais não só no estado de Roraima, mas no país inteiro. Finalizou o estudante.

Ao meio, o estudante Rodrigo Gabriel, acompanhado de seus colegas de equipe

Já a também aluna do ensino fundamental 2, Carol Barroco, apresentou o trabalho sobre as propriedades do mel e compartilhou como foi o processo de estudo do tema:

O objetivo do nosso trabalho é informar às pessoas sobre as propriedades do mel, informar que elas podem ser utilizadas tanto em produtos cosméticos como em produtos medicinais, ressaltando a sua importância para a saúde. O nosso processo começou com pesquisas e depois fomos em busca de abelhas com apicultores, fizemos visitas e depois cartazes com gráficos que continham as respostas das pesquisas. Escolhemos esse tema pensando no tema geral da Feira, que são os Biomas do Brasil, então focamos no bioma de Roraima, um tema muito expansivo para estudar por conta das propriedades do mel roraimense, que é considerado o melhor do mundo e ocupou 7% do PIB nacional, por isso escolhemos trabalhar com esse tema.

Aluna Carol Barroco juntamente com a professora orientanda e equipe

Estreando a grande novidade desta edição, a Escola Estadual Vovô Leonardo Gomes, localizada no Município de Bonfim, levou a Comunidade Indígena Alto Arraia para também apresentar seus trabalhos. A estudante do 9° ano do ensino fundamental 2, Jhyohanna Menezes, apresentou sobre a mandioca, tubérculo de raiz nativa da América do Sul e muito utilizada na culinária roraimense:

O nosso projeto fala sobre a mandioca e seus derivados, principalmente o Tucupi (um sumo amarelo extraído da raiz da mandioca brava, utilizado para pratos culinários) e o Pajuaru (bebida fermentada preparada por um longo processamento). O diferencial do nosso trabalho é trazer todos os derivados oriundos da mandioca, em especial o tucupi porque ele demonstra a substância química que existe no nosso alimento. Ele é extraído ao longo dos anos pelos povos indígenas e vem se passando de geração em geração, então hoje, nós alunos sabemos como extrair o tucupi da massa da mandioca, a extração dele é feita de forma manual. Ele serve também como elemento complementar na culinária indígena, como a damurida tradicional, que é consumida não só na culinária indígena como na não indígena.

Jhyohanna Meneze, aluna da Escola Estadual Vovô Leonardo Gomes, Município de Bonfim

O segundo dia da Feira de Ciências 2024 acontece amanhã (22) e também contará com uma programação repleta de exposição de trabalhos realizados pelos estudantes das escolas estaduais.

Por: Jhennifer Silva