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“Como transformar o tempo de tela dos jovens em algo mais qualificado?” Foi com essa pergunta que surgiu a Gamezônia, iniciativa que transforma jogos digitais em ferramentas de impacto social na Amazônia. A proposta foi apresentada em pelo advogado Vinícius Souza Sirino, CEO da startup, mostrando como diversão e aprendizado podem caminhar juntos.
A atividade reuniu estudantes e crianças em desafios interativos que simulam situações reais da floresta, incentivando a resolução de problemas, trabalho em equipe e aprendizado sobre técnicas tradicionais de pesca, pinturas indígenas e práticas sustentáveis.
Vinícius explicou que a ideia surgiu após observar a devastação da Amazônia maranhense, onde 72% da floresta já foi destruída.
Conversamos com comunidades tradicionais, como seringueiros, quilombolas, indígenas e ribeirinhos, para identificar problemas e formas de apresentar soluções. Depois pensamos em como engajar os jovens, que já vivem conectados, mas que mais vão sentir os efeitos das mudanças climáticas. A solução foi criar um jogo educativo.Explicou.
O jogo leva os participantes a cumprir missões que parecem apenas diversão, mas carregam mensagens de conscientização. Os jogadores aprendem, por exemplo, a montar uma puçá, tecnologia ancestral de pesca sustentável, e exploram o significado de pinturas tradicionais. Professores podem registrar o uso do jogo no Inventário de Saberes e acompanhar estatísticas anônimas sobre participação e acertos, ajustando o ensino conforme necessário.
Segundo o CEO, a Olimpíada Gamezônia também testa habilidades como estratégia e trabalho em grupo, e busca ir além do entretenimento, tornando-se uma ferramenta de impacto social.
Entre os participantes, o estudante Daniel Marquioro, da Universidade Federal de Roraima, disse que se interessou pelo evento por estudar Ciência da Computação e design de jogos.
Achei que seria uma oportunidade de ver como outras pessoas usam jogos para conscientizar sobre problemas da Amazônia, de um jeito mais divertido que apenas notícias ou outros meios de comunicação.Contou.
O público infantil também participou ativamente. Breno Vitor Araújo, de sete anos, acompanhou os pais e se divertiu competindo no jogo. “Vim acompanhar os meus pais, mas acabei achando muito legal e quis formar uma equipe para competir contra eles”, relatou.
Vinícius adiantou que os próximos passos da Gamezônia incluem expandir o jogo para plataformas como Steam e Google Play, alcançando escolas e o público em geral, com foco especial nas regiões Norte e Nordeste. A proposta é tornar o aprendizado divertido e engajar cada vez mais jovens na preservação ambiental de forma prática e interativa.
Sobre o Amazontech
O Amazontech 2025 é uma realização do Sebrae Nacional, Sebraes da Amazônia Legal, Sebrae Roraima, Fundação de Amparo à Pesquisa de Roraima (Faperr), Embrapa e Universidade Federal de Roraima (UFRR). O evento conta com o patrocínio do Governo de Roraima, Eneva, Caixa Econômica, Finep – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, ZEG, Neria, Sistema CNA/Faerr/Senar, Prefeitura de Boa Vista, além do apoio da GAO Tech, Trashin, Treeback, Embrapii, Caer e Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
