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Evento aproxima estudantes e escolas de imersão tecnológica e sustentável

Mais de 30 projetos de educação empreendedora conectaram alunos ao mercado
Por Sebrae/RR
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O Amazontech 2025 abriu as portas da Universidade Federal de Roraima (UFRR) no primeiro dia de evento para uma programação que aproxima ciência, tecnologia e educação. Durante os três dias de evento, escolas estaduais, privadas e instituições de ensino técnico participam de atividades de inovação, sustentabilidade e empreendedorismo voltadas aos jovens de todo o estado.

Ao todo, mais de 30 projetos de educação empreendedora serão apresentados, resultado de iniciativas do Sebrae em parceria com instituições de ensino. O objetivo é despertar nos estudantes o protagonismo profissional e estimular a criação de soluções que auxiliem nas demandas do dia a dia.

De acordo com Talison Silva, da coordenação técnica e científica do evento, a programação foi pensada para oferecer aos alunos participantes uma experiência prática e transformadora.

Esses projetos estimulam os alunos a pensarem em soluções para a sociedade, fomentam o comportamento empreendedor e criam oportunidades de networking. Além da imersão em tecnologia e sustentabilidade, os estudantes têm contato direto com o mercado e podem organizar seus produtos e ideias.Explicou.

Entre os alunos que participaram do primeiro dia de Amazontech, Nicolas Gustavo Lopes, de 13 anos, aluno da Escola Estadual América Sarmento Ribeiro, que participou pela primeira vez de um evento imersivo e ficou entusiasmado com os detalhes da tarde de conhecimento.

“Foi uma experiência única. Conheci como funciona a plantação do açaí, do cacau, vi a floresta e os rios. Aprendi que o ambiente não é nada sem as plantas e sem as águas. Aqui a gente se diverte e ao mesmo tempo conhece a Amazônia”, finalizou.

A professora auxiliar Evanice Ferreira, que acompanhou a comitiva de aproximadamente 80 alunos, compartilhou sobre a oportunidade pedagógica que o evento proporciona.

“Os meninos ficaram encantados com cada descoberta. Vivemos um tempo de desmatamento ambiental, e proporcionar esse contato direto com a natureza e com a inovação desperta neles interesse e cuidado. Foi um momento transformador, sem dúvidas”, afirmou.

De acordo com a professora, o interesse dos estudantes surpreendeu até mesmo a equipe pedagógica. “A princípio, a ideia era trazer apenas um grupo reduzido. Mas quando os demais souberam, todos queriam participar. Foi um aprendizado coletivo, que envolveu tanto eles quanto nós, professores”, concluiu.

A participação no Amazontech também mobilizou campus de instituições de ensino do interior do estado. Do IFRR campus Amajari, uma comitiva de estudantes do curso técnico em Agropecuária viajou horas para participar da programação.

Para Lucas Marinho, de 17 anos, o esforço valeu à pena. “Foi a minha primeira vez no Amazontech e achei incrível. O que mais chamou a atenção foi a força de vontade de todos estarem aqui, mesmo com chuva e dificuldades. Isso mostra o quanto o evento é importante”, pontuou.

Já o técnico em educação Thiago Melo enfatizou o momento como ideal para aproximação com as novas tecnologias.

“Saímos de madrugada do Amajari e foi uma longa viagem, mas valeu à pena. Os alunos tiveram contato com novas tecnologias, empreendedorismo e sustentabilidade. Eles perceberam que é possível usar os recursos naturais de forma responsável e ainda gerar renda. Isso abre novos horizontes para o futuro deles”, avaliou.

Reunindo diferentes saberes, culturas, escolas e instituições, o Amazontech 2025 reforça seu papel de integrar ciência e educação, preparando os jovens para os desafios da Amazônia contemporânea.

Para a coordenação técnica e científica do evento, a experiência é uma oportunidade de transformação. “Além de dar visibilidade às ideias, o Amazontech mostra que é possível conectar conhecimento acadêmico, inovação tecnológica e práticas sustentáveis. E o mais importante: desperta nos jovens a consciência de que eles podem ser protagonistas do futuro”, finalizou Talison Silva.

Com a participação de alunos de diferentes faixas etárias, municípios e até realidades paralelas, o Amazontech reafirma que a educação empreendedora é uma ferramenta poderosa para gerar impacto social e integração. Desde a vivência com a floresta amazônica virtual à descoberta de novas formas de manejo sustentável, os alunos participantes saem com aprendizado técnico, mas também com uma nova perspectiva sobre a relação entre tecnologia, natureza e futuro.