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Empresa acelerada pelo Inova Amazônia participa de evento em Berlim

A empresa Urucuna foi uma das selecionas para o Amazônia Bioeconomy Connections
Por Ascom Sebrae/RR
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A empresa Urucuna, que é acelerada em Roraima pelo programa do Sebrae, Inova Amazônia, foi uma das cinco selecionadas do Brasil para participarem do evento Amazônia Bioeconomy Connections em Berlim, na Alemanha.

O empreendimento produz velas e home sprays feitos com produtos da Amazônia de forma totalmente sustentável e ético. O projeto é comandado pelas irmãs e sócias Ligia e Julia Ferreira Tatto, que falou sobre a importância de participar do evento internacional.

“Por meio do evento, vamos ter contato com Universidades, Centros de Pesquisa, Organizações e lojas para dialogar e estabelecer possíveis parcerias. Existem várias possibilidades e queremos conseguir o máximo possível de troca. Ficamos muito felizes com essa oportunidade”, disse.

O projeto Amazônia Bioeconomy Connections é promovido pela Embaixada do Brasil em Berlim e tem como objetivo “facilitar o estabelecimento de parcerias entre iniciativas brasileiras voltadas para a bioeconomia no bioma amazônico e parceiros econômicos e/ou técnico-científicos na Alemanha”, informa a organização do evento.

O evento tem como um dos parceiros o Sebrae e ocorre de 05 a 09 de dezembro deste ano.

URUCUNA

As irmãs sempre tiveram ligação com a natureza e com os povos tradicionais porque o pai delas trabalhou por 30 anos no Instituto Socioambiental. Em uma das viagens que fez para o Amazonas em meados de 2019, Julia conheceu uma loja de artesanato feitos por indígenas no município de São Gabriel da Cachoeira e se encantou ainda mais pelo trabalho produzido.

Ligia e Julia Ferreira Tatto, proprietárias da empresa Urucuna.

Com a chegada da pandemia, ela teve a ideia de revender os produtos como forma de ajudar os povos da região. Porém, o negócio não deu muito certo. A fim de não deixar o projeto acabar, ela e a irmã tiveram a ideia de produzir as velas e home sprays aromatizantes com produtos extraídos da Amazônia. E assim nasceu a linha “Cheiros da Floresta”.

Para agregar com a arte indígena, as embalagens são feitas nas comunidades. Eles tratam cascas de tucumã que são pintadas com grafismos.

“A parceria com os povos indígenas gerou mais renda para as comunidades, além de ter contribuído com um papel importante na cadeia ao agregar valor aos produtos e à bioeconomia circular Amazônia. Com isso, também atuamos como uma ponte para que os clientes entrem em contato direto com os povos tradicionais, conheçam sua cultura e se engajem na luta por seus direitos”, acrescentou Julia.

Dessa forma, a Urucuna atua em conjunto com povos das das Terras Indígenas Apyterewa, Kayapó, Trincheira Bacajá, no Território Xingu, e Terras Indígenas Yanomami e Alto Rio Negro, no Território Rio Negro.

APOIO DO SEBRAE

Julia relembra que o início foi muito difícil. Ocorreram muitos erros e a produção era muito trabalhosa. Por dois anos, os produtos eram feitos na cozinha da casa dela. As irmãs tiveram que contar com a ajuda de demais membros da família.

Porém, tudo mudou quando a Urucuna passou a ser atendida pelo programa Inova Amazônia em Roraima. Por meio do programa, elas terceirizaram a produção, participaram de eventos e fizeram cursos que agregaram o empreendimento.

“São muitos os benefícios do programa Inova Amazônia como visibilidade, aprendizado, expansão de repertório, direcionamento, oportunidades de negócio, possibilidade de participação em eventos, entre outros. O Sebrae foi a virada de chave para profissionalizar o empreendimento”, finalizou.

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