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Refugiados se reúnem 21 dias após conclusão de turma inédita do Empretec para Refugiados

Cada participante compartilhou sua experiência pessoal de mudança por mergulhar no seminário sobre empreendedorismo
Por Sebrae/RR
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 Refugiados se reúnem 21 dias após conclusão de turma inédita do Empretec para Refugiados

O Sebrae Roraima reuniu, na noite desta segunda-feira (1º), metade dos 23 migrantes e refugiados venezuelanos formados da primeira turma do Empretec para Refugiados. O encontro no Edifício Airton Dias foi o primeiro realizado 21 dias após a conclusão do seminário.

Durante a reunião liderada pelo facilitador do Sebrae/RR, Nirval Brito de Queiroz, cada participante pôde compartilhar, em seu próprio idioma, o resultado da experiência pessoal de mudança por mergulhar, durante seis dias, no seminário sobre empreendedorismo. Além disso, os empretecos projetaram o futuro de seus empreendimentos.

Projeções e resultados

Microempreendedora individual, Nayivis Romero, 31, participou do Empretec com a expectativa de aumentar a clientela e ajudar a família. O salão de beleza dela, Tranças e Penteados, foi um sonho que conseguiu realizar há dois anos, mesma época em que está no Brasil, para onde veio em busca de uma vida melhor.

Assistir ao Empretec foi uma experiência maravilhosa, mudou minha vida, o que eu entendia sobre atendimento. Depois da capacitação, vejo que tenho ferramentas boas para aprimorar o negócio e fazê-lo funcionar da melhor maneira.disse, destacando que passou a valorizar ferramentas de marketing digital após o seminário.

Nayivis Romero, microempreendedora individual

Com má-formação cerebral congênita, a empreendedora individual, Katherine Marín, 38, lembra que veio ao Brasil há quatro anos em busca de medicamentos para tratar sua condição médica e de novas oportunidades. Hoje, ela trabalha na gestão de redes sociais e, com a ajuda do Empretec, já conseguiu mais três clientes para gerir os perfis das empresas.

Consegui visualizar as diferentes oportunidades para ajudar não somente meus clientes na gestão de suas redes, mas entregar a eles estratégias de venda e oportunidades de posicionamento do negócio em diferentes lugares da cidade em que poderiam funcionar, independentemente do nicho que estão trabalhando. declarou.

Metodologia

Nirval Queiroz concluiu que a turma inédita é a prova de que o Empretec funciona em qualquer ambiente e nível empresarial. Para ele, as barreiras do idioma e da compreensão metodológica foram mínimas diante do grande interesse dos estrangeiros.

Que eles consigam saber que, através do empreendedorismo, eles poderão se desenvolver, suprir suas necessidades principais de se posicionar na sociedade, e contribuir com a geração de renda e abrir espaço para que outras pessoas possam ocupar essa condição deles de refugiado. avaliou.

Nirval Queiroz, Facilitador Empretec

Para Noelea Sousa, gerente da Unidade de Soluções e Relacionamento do Sebrae/RR, o intervalo de 21 dias entre o seminário e o primeiro encontro faz parte da metodologia do Empretec, permitindo que durante esse espaço tempo, os participantes apliquem o que aprenderam.

“O Empretec foi uma oportunidade para que eles agora, coloquem em prática o conhecimento adquirido, permitindo que gerem mudanças pessoais e nos seus negócios”, explicou ela.

A turma Empretec para Refugiados é a primeira edição no Brasil. Este seminário específico foi realizado em parceria com a ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), que identificou os refugiados com o perfil para participar do seminário. E foi extremamente assertiva.

É bastante gratificante ver, ao final de 21 dias, tantos relatos positivos. Vimos que a iniciativa do Sebrae/RR e da ACNUR gerou os resultados que almejávamos. Essas pessoas demonstram uma incrível garra e desempenho e aplicaram os comportamentos empreendedores para o fortalecimento de seus negócios. completou Noelea.

Noelea Sousa, gerente da Unidade de Soluções e Relacionamento do Sebrae/RR

A assistente sênior de soluções duradouras da Acnur, Maria Carolina Morales, lembrou que a agência promoveu a seleção da turma com a ajuda de organizações não-governamentais que trabalham com a temática do empreendedorismo em Roraima.

“A gente trabalha fortemente no fortalecimento de empreendedores e o Sebrae é um ótimo parceiro com isso, é especialista na área”, avaliou.

Esperamos que, a partir do Empretec, essas pessoas consigam fortalecer os seus negócios e sua autonomia e, assim, conseguir se integrar socioeconomicamente de forma segura, gerando renda e emprego para outros migrantes e refugiados. pontuou.

Maria Carolina Morales, assistente de soluções duradouras da Acnur