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Sebrae Roraima, FIERR (Federação da Indústria de Roraima) e Sinduscon (Sindicado da Indústria da Construção Civil de Roraima) lançaram em 7 de dezembro o I Censo Imobiliário de Boa Vista com informações sobre o mercado de compra, venda e valorização de empreendimentos imobiliários relacionados ao terceiro trimestre de 2023.
A pesquisa foi realizada pela Brain Inteligência e Estratégia que apresentou desde dados sobre rendimentos das famílias, moradores por habitação, quantitativo de habitações em Boa Vista, perfil de moradores das zonas geográficas da cidade, a custos por metro quadrado e tipos de empreendimentos imobiliários como casas, apartamentos, condomínios abertos ou fechados, loteamento aberto ou fechado, e estilos de habitação (do econômico ao super luxo).
A proposta é divulgar o censo a cada trimestre do ano pelo site da Sinduscon (sinduscon-rr.org.br). “São informações extremamente importantes para tomar decisões. Nós temos muita carência desses dados para que os empresários possam balizar por novos investimentos e nos direcionamentos de recursos”, abordou o superintendente do Sebrae Roraima, Emerson Baú.
A pesquisa, acrescentou Baú, permitirá que empresas de pequeno e médio porte, além das construtoras, analisem o mercado imobiliário com as informações sobre ofertas existentes no mercado, disponibilidade e/ou escassez de produtos e direcionar ordenamento geográfico das construções na cidade.
Mas o que diz a pesquisa?
Dentre os destaques do I Censo Imobiliário apontam que em Boa Vista são 119.011 domicílios sendo 111.468 (94%) casas e 7.543 (6%) apartamentos. Cerca de 31% destes lares são habitados por cinco ou mais moradores, média acima da nacional. Das condições dos imóveis: 70% são próprios, 22% alugadas e 8% são cedidos. Os bairros onde moram mais pessoas com renda mensal acima de R$ 8 mil reais são: Paraviana, Caçari, Canarinho, 5 de Outubro e partes do São Francisco e Mecejana.
Em relação ao mercado imobiliário, de janeiro a setembro deste ano, seis empreendimentos foram lançados: um vertical e cinco horizontais com investimento em mais de R$ 307 milhões. No quesito venda de unidades, o mercado sentiu avanço de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. O metro quadrado para produtos da categoria “super luxo” está, em média, R$ 14 mil.
“Os preços praticados em produto horizontal hoje, principalmente em condomínios fechados, são preços praticados por exemplo, no interior de São Paulo que é o maior celeiro de produtos como esse e é extremamente positivo” explicou o head da Brain, Anderson Gonçalves.
Outro ponto positivo apresentado por Gonçalves relaciona-se aos produtos disponíveis para comercialização em Boa Vista. “Para parte de produto horizontal, loteamentos abertos e loteamentos fechados, tudo o que lança na cidade, vende. Os dados relatam pra gente”, celebrou.
Conforme o presidente do Siduscon, Clerlanio Holanda, a parceria com outras instituições possibilitou a abertura de outras visões para o mercado da construção em Boa Vista.
“Isso é um trabalho que requer concentração, de uma empresa séria e esses dados vão mostrar as unidades vendidas, as unidades em estoque, o valor por trimestre. Essa pesquisa inicia agora com o terceiro trimestre de 2023 e a cada trimestre iremos divulgar onde teremos um norte para saber se o mercado está crescendo, se tem mais vendas” esclareceu.
A presidente da Fier, Izabel Itikawa, acredita na potencialidade do estudo para todo o Estado. “Não só para construção civil, mas para o nosso estado economicamente. Oportunidade de mostrar, trimestralmente, o que a construção civil vem fazendo em favor do desenvolvimento como um todo”, disse.
Confira o I Censo Imobiliário de Boa Vista
